Integrada na missão da Federação Internacional em Moçambique, a CVP apoia o dispositivo, com um Coordenador no terreno, desde 30 de março e até ao próximo dia 1 de maio. O objetivo é reforçar a coordenação das equipas da Cruz Vermelha Moçambicana no terreno, identificando e respondendo às necessidades mais urgentes na região.
O ciclone Freddy, que atingiu Moçambique pela primeira vez no dia 24 de fevereiro e registou um segundo embate a 11 de março, agravou ainda mais a situação do país. Com registos de chuvas intensas no início de fevereiro, causando inundações em algumas regiões, como Maputo, Gaza e Inhambane, cerca de 800.000 pessoas foram afectadas e mais de 100 mil casas ficaram completamente destruídas.
Para além deste rasto de destruição, Moçambique atravessa um surto de Cólera em Niassa, Tete, Zambézia, Sofala, Maica, Gaza, Inhambane, Zambézia e Cabo Delgado, o que vem criar mais desafios na gestão de circuitos de higiene e água potável junto da população.
Até ao momento, quase 25 mil pessoas já contraíram cólera e foram registados 119 mortos.
Zambézia, província a partir da qual a Cruz Vermelha Portuguesa apoia as operações em Moçambique, foi também severamente afetada pelo ciclone Freddy, agravando a sua já difícil situação e tornando-a o epicentro do surto de cólera do país. Com mais de 11500 casos acumulados, acresce à necessidade de uma intervenção para controlo e mitigação, o apoio às famílias com bens essenciais de abrigo e sobrevivência.
A Cruz Vermelha Moçambicana conta com mais de 200 voluntários no terreno, com atividades diárias na comunidade e apoio aos Centros de Tratamento de Cólera. Vai, ainda, distribuir mais de 1500 kits de sobrevivência às povoações mais afetadas da Província, em Maganja da Costa, Namacurra, Mopeia e Luabo.
A Cruz Vermelha Portuguesa tem trabalhado em estreita colaboração com as organizações da Cruz Vermelha de todo o mundo que, juntas, continuam a identificar as necessidades mais prementes das populações e a prestar apoio no terreno. Esta missão da CVP vem reforçar o apoio internacional da organização em Moçambique em momentos de elevada vulnerabilidade, onde se revela emergente uma resposta de assistência humanitária.